sábado, 10 de março de 2018

Não descansarei até você ser expulso dessa faculdade, Não passará desabafa vítima em rede social

Um estudante da Faculdade Getulio Vargas (FGV), em São Paulo, vai responder por crime de injúria racial e racismo por ter tirado uma foto de um outro aluno da mesma instituição e compartilhado em um grupo de WhatsApp com a legenda: Achei esse escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!.
A vítima contou em um grupo da FGV no Facebook que foi chamado pela Coordenação de Administração Pública na última terça-feira (6) e informado sobre o post. O jovem registrou um boletim de ocorrência no 4º Distrito Policial da Consolação, na região central da cidade, na quinta-feira (8). O autor da foto, um aluno do 4º semestre do curso de Administração de Empresas, foi suspenso da faculdade por 3 meses.
Na rede social, a vítima chamou o autor da foto de covarde e garantiu que ele pagará pelo que fez: Tão perto de mim…porque não foi falar na minha cara? Mas você optou pela atitude covarde de tirar uma foto minha e jogar no grupo dos amiguinhos. Se seu intuito foi fazer uma piada, definitivamente você não tem esse dom. Acha que aqui não é lugar de preto? Saiba que muito antes de você pensar em prestar FGV eu já caminhava por esses corredores. Se você me conhecesse, não teria se atrevido. O que você fez além de imoral é crime! As providências legais já foram tomadas e você pagará pelos seus atos.
Não descansarei até você ser expulso dessa faculdade. Pessoas como você não devem e nem podem ter um diploma da Fundação Getulio Vargas. A mensagem é curta e direta. Mas serve para qualquer outrx racista da Fundação. Não passará!
Em nota, a FGV afirma que repudia toda forma de discriminação e preconceito e que aplicou severa punição ao ofensor: O comentário ofensivo foi feito em grupo privado do qual o ofensor fazia parte, sem qualquer participação, ainda que indireta, da FGV. Ante a possível conotação racista da ofensa, firme em sua postura de repúdio a toda forma de discriminação e preconceito, a FGV, tão logo tomou conhecimento dos fatos, tal qual prevê seu Código de Ética e Disciplina, de imediato aplicou severa punição ao ofensor, que foi suspenso de suas atividades curriculares por três meses, estando impedido de frequentar a escola, sem ressalva da adoção de medidas complementares, a partir da apuração dos fatos pelas autoridades competentes”, diz o texto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário