quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Após demissão sem aviso prévio, médico atende pacientes na calçada

Uma demissão nunca é um momento fácil para ninguém. Mas ser demitido sem aviso prévio pode ser ainda mais complicado e foi assim com o médico clínico-geral e de saúde da família, Rodrigo Ferreira Gomes, de 31 anos. Assim que o Dr. chegou no Hospital Maternidade João Ferreira Gomes, no bairro Padre Lima, em Itapajé, recebeu a notícia que havia sido demitido.
Segundo um morador que não quis ser identificado, Quando ele chegou ao hospital hoje pela manhã, um pouco atrasado, já havia médicos de uma cooperativa substituindo ele e outro médico, que foi retirado da função de direção clínica devido à questões políticas, por não apoiar o candidato do prefeito. O Dr. Rodrigo foi informado pela direção que estava exonerado. Aparentemente, a demissão ocorreu com a mudança da direção clínica da unidade hospitalar.
O médico também resolveu esclarecer o ocorrido. A gestão está querendo justificar a minha retirada porque teve um dia, duas semanas atrás, que não tinha médico para atendimento durante uma manhã inteira, pois eu estava viajando. Eu avisei com um mês de antecedência sobre essa viagem e tenho os documentos que comprovam isso. Era obrigação deles fazer uma substituição. Foi falta de responsabilidade deles e querem responsabilizar a gente, revelou.
Segundo ele, se um médico precisa faltar, o Conselho Federal de Medicina (CFM) revela que é responsabilidade do diretor clínico fazer a substituição até 24 horas antes do plantão. Dr. Rodrigo já trabalhava há mais de seis anos no hospital e nas quintas-feiras era um dia fixo para atender aos pacientes naturais da cidade. Meus pacientes estavam me esperando e eu avisei para eles que tinham me demitido, mas que aguardassem pois eu ia atender a todos. Voltei em casa e peguei uma mesa e cadeira, disse. E assim, ele conseguiu atender seus pacientes na calçada ao lado do hospital mesmo.
O mesmo morador revelou: “Eu me sinto indignado pela falta de respeito porque como já havia boatos de bodes expiatórios, eles deviam ter avisado com antecedência. Eles colocaram outro médico lá, que disse ter sido escalado para o plantão. Segundo Rodrigo, o diretor administrativo não soube revelar o motivo do outro profissional ter sido chamado para substituí-lo.

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