quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Suspeito de abusar sexualmente de aluno é homenageado pela câmara municipal de Arapiraca

A Câmara Municipal de Arapiraca (CMA) realizou sessão solene para conceder o título de Cidadão Honorário de Arapiraca ao professor Ivanildo Nunes da Silva, de 72 anos. O homenageado no entanto foi acusado de abuso sexual contra um de seus alunos, em em março deste ano.
O caso foi divulgado pelo Alagoas24Horas e na época a Polícia Civil informou que Ivanildo teria obtido os favores sexuais com a promessa de que daria R$ 2,00 à criança de 11 anos. Em troca, ele havia pedido “segredo” do que havia ocorrido entre ambos.
Segundo informações da assessoria da CMA, o projeto que previa a homenagem pelo trabalho realizado por ele com crianças em escolinhas de futebol, é de autoria do vereador Fabiano Leão, teria sido aprovado ainda em 2016, por unanimidade, antes do ato criminoso ser divulgado.
Questionados a respeito da demora para concretização da homenagem e se a casa poderia voltar atrás no projeto, a assessoria informou ainda que o projeto passou pela comissão de constituição, justiça e redação e caberia a esta comissão, junto ao autor do projeto, pedir o revogamento do título, caso assim fosse de seu interesse, e que a data para a entrega do título também foi combinada entre autor, comissão e homenageado.
Em pronunciamento durante a cerimônia, o vereador Fabiano Leão destacou o papel do homenageado pelo “trabalho realizado, tirando das ruas crianças e adolescentes através do esporte”. Pensamento defendido pelo vereador Pablo Fênix, que também destacou a importância do trabalho do Professor Ivanildo, que ao longo de sua vida vem contribuindo com o desenvolvimento no esporte de Arapiraca.
Amigos e familiares do homenageado presentes na solenidade também destacaram o seu trabalho. Já o homenageado disse, emocionado, que a lembrança de seu nome aumentava a sua responsabilidade e que iria honrar a homenagem como o mais novo filho de Arapiraca.
Na época, Ivanildo Nunes da Silva foi preso em flagrante, no momento em que colocava a mão do menor em sua genitália, após um mês de investigação e campanas realizadas por policias da 4ª DRP. No momento de prestar depoimento, o autor optou por ficar em silêncio. A criança disse que não era a primeira vez que sofria esse tipo de abuso.

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