A Prefeitura Municipal de Tuchín, em Córdoba, na Colômbia, aumentou a punição aos moradores que desrespeitam as regras de isolamento social decretadas para evitar o avanço do novo coronavírus na região. Agora, aqueles que são flagrados vagando pelas ruas sem motivo, infringindo a quarentena obrigatória, podem receber o castigo de serem presos pelos pés em uma estrutura de madeira conhecida como cepo em uma das praças públicas da cidade.
Aumentamos a base de força no município, juntamente com a Guarda Indígena, o Exército e a Polícia. Pessoas que não estão cumprindo as medidas obrigatórias de isolamento estão sendo punidas.
Apesar de não utilizada há alguns anos, a medida é prevista em lei e já fazia parte da tradição do povo indígena Zenú, da qual a população de Tuchín é descendente.
Para preservar a estrutura institucional e respeitar os usos e costumes do povo Zenú, essa articulação está sendo realizada.
Em poucas horas da aplicação do castigo, os resultados foram favoráveis e o tráfego de pessoas nas ruas diminuiu. Se impusermos uma sanção econômica, a grande maioria não terá como pagá-la, mas se recorrermos a essas práticas típicas de sua cultura, as estamos fazendo com que cumpram as leis e mantenham vivas suas tradições.
Tuchín tem cerca de 35 mil habitantes. Em uma entrevista a rádio local "Blue", o coordenador da Guarda Indígena Zenú, Misael Suárez, disse que no primeiro dia que o cepo foi usado para punir os que não estavam cumprindo a quarentena, pelo menos uma dúzia de pessoas tiveram os pés presos por meia hora numa espécie de "socialização". A intenção é aumentar o tempo desse castigo.
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