domingo, 18 de novembro de 2018

Motorista de ônibus carrega idosa deficiente no colo e comove

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Ela teve paralisia infantil e meningite quando criança, deixando suas pernas atrofiadas. Quem conta a história de Marinha, como gosta de ser chamada, é a supervisora administrativa Simone Silva. Ela sempre via a idosa sentada no ponto onde pega ônibus para ir trabalhar, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, até que viraram amigas.
A idosa tem uma banca de jornal perto do ponto de ônibus. Um irmão de Mara costumava levá-la para a banca. Mas, como o irmão amputou as duas pernas, Mara começou a ir para o trabalho em carros de aplicativos. Porém, tinha dias que ela não vendia nem a metade do valor da corrida. O marido de Mara não consegue levá-la, pois sai para o trabalho antes dela.
Felizmente, o motorista Alcides, da linha 1730 Estação Diamante, apareceu na sua vida. Ele pega a idosa na frente da sua casa e deixa Mara sentada no banco do ponto de ônibus ao lado da sua banca de jornal. Isso de segunda à sexta-feira. Na volta para casa, ela ainda depende de carros de aplicativos ou de caronas de conhecidos.
Mara fica sentadinha aguardando um sobrinho chegar para levá-la até a banca. Um dia antes da nossa conversa, Simone falou que Marinha havia comentado que Alcides é um anjo na sua vida, que nenhum outro motorista de ônibus foi tão carinhoso com ela.
Isso deveria passar despercebido, mas vivemos em um mundo onde essas atitudes são raras. O que mais vejo são motoristas passando direto nos pontos, porque é um idoso que está dando sinal. Esse motorista muda toda a rotina dele para atender uma idosa, que além de tudo é deficiente física e sem cadeira de rodas. Eu me emociono em saber que ainda existem pessoas com um coração tão bom, afirma Simone.

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