quarta-feira, 21 de março de 2018

Barragens oferecem risco à água de Belo Horizonte

A captação de água do Rio das Velhas para a capital mineira e a Grande BH pode ter de ser paralisada por tempo indeterminado caso o pior aconteça e as barragens B2 e B2 Auxiliar se rompam liberando quase 9 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no manancial. O alerta é do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH-Rio das Velhas), Marcus Vinícius Polignano, que classifica essa ameaça como inadmissível. “É inaceitável que um rio da importância do Velhas esteja sob uma ameaça tão grave quanto essa. Dependendo do total de sedimentos que um vazamento dessa magnitude ocasionar pode-se ter de implementar uma grande quantidade de químicos para purificar a água e até paralisar totalmente a captação da Copasa”, afirma. As duas barragens se encontram no Complexo Minerário de Fernandinho, entre Itabirito (Região Central) e Rio Acima (Grande BH), pertencente a uma empresa do grupo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Minérios Nacional. Na última quarta-feira a Justiça determinou, em liminar, a interdição das estruturas, como noticiou o Estado de Minas.

A Copasa foi procurada pela reportagem, mas não informou se dispõe de alguma forma de manter o suprimento de água caso ocorra um desastre dessa envergadura com o Rio das Velhas. A empresa também não informou se tem alguma forma de prevenir que a água com uma turbidez extremamente elevada chegue à sua estação de captação e possa, de alguma forma, comprometer suas instalações. O Sistema Rio das Velhas representa 48% da captação do Sistema Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RNBH) e 74% de Belo Horizonte.


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