sexta-feira, 13 de abril de 2018

7 lendas urbanas do Recife pra você ler na sexta-feira 13

Há quem não entenda como uma sexta-feira pode significar azar, mas hoje é um daqueles dias em que os supersticiosos já acordam olhando de lado, afinal de contas, é sexta-feira 13, o dia mundial do azar.
Pra mostrar que aqui no Recife a galera não é cabulosa e não tem medo de nada, fizemos essa lista com 7 lendas urbanas da cidade. Eu sei que você não terá medo de nenhuma delas, mas recomendo que leia a matéria durante o dia, de preferência sob a luz solar e com uma música dos Ursinhos Carinhosos ao fundo. Só pra garantir. 

1. O palhaço do coqueiro do Janga

Se você, caro leitor, é morador do bairro do Janga, na cidade do Paulista, sinto lhe informar: todo cuidado é pouco em dias de lua minguante.
O palhaço do coqueiro tem uma história um tanto quanto triste. Seu sonho era ser um palhaço tão engraçado quanto seu pai, mas ao se deparar com um picadeiro, viu que ninguém ria de suas brincadeiras e enlouqueceu. A partir dai ele só encontrou refúgio na lua minguante: sua companheira de riso, única coisa que acalmava seu coração, pois ela sim ria pra ele.
Em dias de lua minguante, o palhaço sobe nos coqueiros da orla do Janga e se deleita sob a luz do luar. Mas ai de quem atrapalhar esse momento pessoal: se uma nuvem cobrir a lua, o palhaço fica nervoso e desce do coqueiro à procura de novos sorrisos. Reza a lenda que ele faz palhaçadas sem graça e, se a pessoa não rir, ele a hipnotiza, bate nela e exige que ela gargalhe.

2. A perna cabeluda do Centro

A perna cabeluda (ou cabiluda, se preferir), não sai na luz do dia. Ela fica à espreita nas trevas, esperando o momento certo em uma rua deserta para atacar. Em meio as sombras dos carros, árvores e prédios, lá está ela: esperando um passante desavisado pra descer-lhe a rasteira. Se o pedestre perceber a tempo pode sair correndo, mas saiba: a perna não irá se cansar de correr nem tão cedo. Há quem diga que o sentimento ao ver a perna com unhas podres por aí é “próximo a morte”. Isso se você conseguir escapar.
Essa nossa lenda urbana mais ilustre, a Perna Cabeluda, assombrava os recifenses na década de 70. Há quem acredite que tudo começou quando foi encontrada uma perna cabeluda (sem o resto do corpo) boiando no Rio Capibaribe. A polícia, na época, não conseguiu solucionar o caso, e deu vazão à mirabolante imaginação dos jornais da época, que lançaram à população a pergunta “De onde veio a perna?.
3. O fantasma da Praça Chora Menino 
A Praça Chora Menino traz uma história que vem diretamente do século XIX. O ano era 1831: o Recife enfrentava a Revolta Setembrada, onde soldados e civis pró-revolta saqueavam a cidade e cometiam todo tipo de atrocidade. Foram assassinadas centenas de pessoas que posteriormente foram enterradas na área onde hoje há a praça. Reza a lenda que quem vai à praça na madrugada escuta choro de menino.

4. O Pai do Mangue da Torre

Essa é pra quem mora no bairro da Torre, Zona Norte do Recife: próximo ao mangue do Rio Capibaribe, há uma figura que ninguém conhece ao certo, mas escuta muito bem. Sempre próximo da meia-noite, uma gargalhada estridente e maléfica corta o céu do bairro e assusta quem estiver próximo às margens do rio. Dizem que se trata do Pai do Mangue. Ninguém sabe ao certo o que ele quer, mas se eu fosse tu, não ficava dando mole por lá de madrugada não.

5. A carroça de boi de Garanhuns

Essa lenda não é do Recife, mas se você é dos que gosta de ir a cidade de Garanhuns no Festival de Inverno, cuidado nas noites de sono por lá. Há muito tempo, uma mulher decidiu viver sozinha enclausurada em sua casa. Dizem que ela era muito má, ninguém gostava dela e não tinha parentes.
Quando faleceu, ninguém ficou sabendo e tampouco foi lá fazer o enterro. Alguns fazendeiros vizinhos decidiram colocar o corpo da mulher em uma carroça de bois e deixá-lo vagando por aí, sem destino. Há quem diga que à noite, quando você está prestes a dormir, uma carroça com bois passa na rua fazendo barulho, ainda carregado o corpo da mulher e procurando um lugar para enterrá-la.
6. A sedutora da curva de Dois Unidos
O pequeno bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife, tem vários relatos sobre a assombração de uma bela moça que aparece na curva próxima a uma antiga fábrica do local. Tudo começou quando um senhor meio cheio dos goró, altas horas da noite, se aproximou da fábrica e avistou uma bela mulher de longos cabelos loiros e corpo esbelto.
A mulher se aproximou do sujeito, perguntou se ele tinha um cigarro para lhe dar. O homem então começou uma conversinha animada com a moça e assim que a beijou, sentiu ossos pontiagudos. Quando abriu os olhos, viu que era só uma caveira em sua frente. Por isso, caro homem que gosta de tomar uma, tenha cuidado.

7. A menina sem nome de Santo Amaro

No cemitério de Santo Amaro, há uma menina enterrada sem nenhuma inscrição, sem nome, sem nada. Ninguém sabe ao certo qual a história dela ou como o corpo foi enterrado ali. Há relatos, porém, de uma assombração pequenininha, com formato de menina, que corre atrás de carros à noite que passam nas ruas próximas ao cemitério. Há também quem acredite que a menina esteja mais pra santa do que assombração: pedidos a ela já foram realizados. Escolha seu lado.

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