quarta-feira, 4 de abril de 2018

Desempregada e mãe de duas filhas, mulher pede emprego em avenida do Recife

Desempregada e com duas filhas, uma mulher de 22 anos chama a atenção de quem passa pela avenida Caxangá, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife. Maria Taciana Alves da Silva, que é mãe de Júlia, de 1 ano e 3 meses, e Amora, de 4 anos, segura uma cartolina com a mensagem: “sou mãe solteira e desempregada. Quero um emprego”.

Taciana, como é conhecida, conta que, há um mês, pede ajuda aos motoristas que passam pela avenida, que é uma das mais movimentadas do Recife. Ela faz o pedido em um semáforo que fica nas imediações do Walmart. “Todos os dias, das 18h às 22h, fico aqui. Escolhi esse horário porque muita gente larga do trabalho e volta para casa”, comentou a mulher. 

A jovem contou que ainda não conseguiu trabalho, mas recebeu algumas doações de alimentos. “Recebi algumas ajudas, como cestas básicas, mas ainda não consegui o que desejo”, declarou Taciana, que disse que não recebe pensão alimentícia dos pais das filhas e também não conseguiu ser inserida no programa Bolsa Família. “Minhas duas filhas são registradas e já coloquei na Justiça, mas o processo está lento e ainda nem tem data pra conciliação”, disparou.

A mulher, que tem nível médio completo, é moradora da Comunidade do Detran. “Moro com minhas filhas, minha mãe e meus dois irmãos em um cômodo. A gente dorme todo mundo em duas camas”, disse a jovem. Ela informou que trabalha desde os 15 anos e já exerceu as funções de operadora de caixa, empregada doméstica, cuidadora de idosos e ajudante de garçom. 

“Eu sou a única apta a trabalhar na minha família. Minha mãe precisa tomar conta da minha irmã de 17 anos, que tem depressão e recebe atendimento em um Caps [Centro de Atenção Psicossocial], e do meu irmão de 11 anos. Ela também toma conta das minhas filhas quando preciso sair para procurar emprego ou trabalhar”, comentou a mulher. 

Taciana informou que, recentemente, conseguiu um extra para trabalhar em um bar nos Armazéns do Porto. Ela recebia R$ 70 para trabalhar por 12 horas. “Era ótimo. Mas o ponto ruim é que eles só chamam às vezes. Mesmo que não seja carteira assinada, eu queria algo que eu pudesse contar com o dinheiro certinho no fim do mês ou no fim da semana”, disse a jovem, que possui carta de recomendação. "Eu sei que as coisas estão difíceis. Eu topo trabalhar com qualquer coisa", pediu Taciana, que segue na busca do emprego. Quem quiser entrar em contato com a mulher, basta ligar para o número 9.8348-9296.




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